sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Milagre da Romã


Nativa da região mediterrânea, é conhecida e cultivada desde épocas remotas. É considerada no Oriente como símbolo do amor e da fecundidade. É uma planta cultivada em quase todo o mundo, seja como medicinal ou como ornamental.

No Egito, 2.000 anos antes de Dioscórides, a raiz da romã era considerada um poderoso tenífugo. No princípio do século XIX os médicos ingleses puderam comprovar na Índia esta atividade terapêutica (expulsão da tênia), generalizando o seu uso, mais tarde, nos países europeus.

Na medicina popular do México, Costa Rica e El Salvador se utiliza a romã como um anti-helmíntico com ação específica contra tênia, e além disso, em Honduras e Nicaragua se emprega como um anti-diarréico. Seus alcalóides possuem propriedades digestiva, espasmolítica, anti diarréica e anti-helmíntica; a peleterina possui ação tóxica específica contra a tênia.

A casca do fruto contém tanino, alcalóides e uma substância antibiótica. Possui atividade anti-séptica, antiviral e adstringente. Emprega-se no tratamento de dores de garganta, rouquidão, inflamação da boca e herpes genital.

As cascas do caule e das raízes contêm peletierina, alcalóide tóxico para platelmintos (vermes chatos) de propriedade vermífuga para tênia (solitária).

Os alcalóides peleterina e isopeleterina estão presentes de 0,3-0,9% nas cascas da raiz e do fruto. Contém também taninos (22-25%) e ácido punicotânico.

A romã contém substâncias inibidoras do transporte ativo da glicose no intestino de rato. Toda a planta contém tanino em grande quantidade entre os princípios ativos. É rica em pelieterina, isopelieterina, pseudopelieterina. Estas substâncias são responsáveis pela ação anti-helmíntica. Observou-se também uma ação hipoglicemiante de extrato etanólico.

Na medicina tradicional mexicana, o uso de plantas na forma de extratos brutos e infusões é uma prática comum no tratamento de infecções. Navarro et al.(1996) realizaram um trabalho de atividade antimicrobiana in vitro com uma série de plantas utilizadas na medicina tradicional, a fim fazer uma triagem de plantas potencialmente ativas contra os microrganismos Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans.
O trabalho registra que a Punica granatum possui um efeito antimicrobiano contra todos os microrganismos testados nas concentrações de 10 mg/mL ou inferiores a 10 mg/mL. A romã têm sido utilizada para diarréia, ferimentos, aftas, resfriados, parasitismos, tosses, angina, ferimentos na pele e inflamação urinária nestas regiões.

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